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Crase
Língua Portuguesa
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Postado por o_autor2019 em 20/02/2019 e atualizado pela última vez em 23/09/2020
A crase é o acento grave indicado pelo símbolo [ ` ] que representa, na Língua Portuguesa, a contração de duas vogais idênticas. Na gramática é a junção da preposição com o artigo, que forma o “a” craseado (à).
Para melhor compreensão pode-se desdobrar, por exemplo, a frase “Os alunos pediram um favor à professora”. A crase aparece porque “quem pede algo, pede a alguém”. Assim, “pediram um favor a + alguém” (neste caso a professora). Portanto, resulta-se em “a a professora”. A presença de dois “a” juntos e seguidos gera a contração denominada crase (à professora).
A crase pode aparecer, também, nos pronomes demonstrativos aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo e no pronome relativo as quais.
Assim: a + aquele = àquele; a + aqueles = aqueles; a + aquela = àquela; a +aquelas = àquelas; a + aquilo = àquilo e a + as quais = às quais.
Exemplo 1: Fui àquele restaurante chinês.
Nota-se que restaurante é nome masculino, logo não deveria vir precedido por crase. No entanto, na gramática coloquial “quem vai, vai a algum lugar”, logo “a aquele”. Assim, os dois “a” seguidos podem ser contraídos e virar uma crase.
Exemplo 2: Confiei as encomendas da festa àquela doceira.
É importante saber usar a crase corretamente porque esta contração diz muito sobre o sentido da frase, quando usada, além de ser comumente cobrada em provas de acesso ao ensino superior e em concursos.
Para crasear adequadamente uma frase é necessário estar atento às regras gramaticais e nos casos específicos em que pode-se ou não admitir esta acentuação. Há situações em que a crase é facultativa e, em outras, expressamente proibida.
Para crasear adequadamente uma frase é necessário estar atento às regras gramaticais e nos casos específicos em que pode-se ou não admitir esta acentuação
Para verificar o uso ou não da crase deve-se ter em mente algumas dicas. Pra tornar isto mais fácil, a primeira observação é analisar se a frase em questão pode substituir a preposição “a” por outra preposição que pode ser “em” ou “para”. Feito isso, se o artigo continuar sendo admitido sem prejuízo no entendimento, pode-se usar o acento.
Exemplo 1: Joaquim viajou à Região Sul.
Esta frase é acraseada porque pode ser substituída sem prejuízo por “para a” (Joaquim viajou para a Região Sul).
Exemplo 2: Mariana viajou a Recife.
Nesta frase não admite-se crase porque não dá para substituir por “para a Recife”, além do que Recife é nome masculino, que também não aceita este acento, conforme explicação mais detalhada vide no decorrer do texto.
Outra maneira de identificar a necessidade ou não da crase é trocar o complemento nominal após o “a” de um substantivo feminino para um masculino. Se após a substituição for necessário o uso de “ao”, então pode-se acentuar.
Exemplo: Joana doou mantimentos importantes à comunidade.
Observa-se que pela primeira dica pode-se admitir “para a” sem prejuízo no sentido da frase (Joana doou mantimentos importantes para a comunidade).
Também, se trocar “a comunidade” por “ao vilarejo”, a expressão se adequa ao caso da segunda dica, que é substituir o complemento nominal feminino por um masculino e havendo a possibilidade de encaixar o termo “ao”, há crase.
Assim como existem casos em que o uso da crase é facultativo, existem algumas exceções em que ela é obrigatória como quando preceder:
Exemplo 1: Entreguei a caneta a Marisa. / Entreguei a caneta à Marisa.
Exemplo 2: Enviei flores a Ana Maria. Enviei flores à Ana Maria.
Nota: neste caso há exceção da norma em dois casos.
Nota
Uma dúvida muito comum é o uso da crase na expressão “vale a pena”. Desmembrando a frase, observa-se que não pode substituí-la por nome similar usando “ao”.
Exemplos:
Vale o sacrifício.
Vale o esforço.
Nota: em ambos os casos acima não pode-se admitir o termo “ao”, pois não é correto dizer “vale ao sacrifício” ou “vale ao esforço”.
Outra dúvida que gera equívoco é o uso da crase em situações com o artigo em número diferente do termo que vem em seguida.
Exemplo 1: Dei “bom dia” à todos assim que entrei na sala.
Exemplo 2: Agradeço à vocês pela presença.
Nota: o acento não deve ser usado nos exemplos acima, pois em ambos os casos ela está em números diferentes dos pronomes, já que o artigo está no singular e “todos” e “vocês” no plural.
Os exemplos do uso correto para estes casos é: “Dei ‘bom dia’ a todos assim que entrei na sala” e “agradeço a vocês pela presença”.
Comumente vê-se crase antes da palavra “pé”. É errado porque vai de encontro à regra que determina a inviabilidade antes de nome masculino.
Assim: João vai a pé à igreja. Desmembrando tem-se: João vai a (o pé) a (a igreja).
Antes do nome Terra a crase só será aceita quando for em referência ao planeta e à cidade natal. Quando aparecer no texto como em referência ao antônimo de água não admitirá o acento.
Antes do nome Terra a crase só será aceita quando for em referência ao planeta e à cidade natal
Exemplo 1: O nome do filme o qual eu assisti com meus amigos é “Uma viagem à Terra”.
Exemplo 2: Margarida não adaptou-se ao Rio de Janeiro e regressou à terra natal.
Exemplo 3: Quando a chuva cair vai molhar a terra.
, . Crase; Guia Estudo. Disponível em
< https://www.guiaestudo.com.br/crase >. Acesso em 23 de setembro de 2020 às 17:07.
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