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Dia do Fico
História
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Postado por o_autor2019 em 08/07/2019 e atualizado pela última vez em 16/09/2020
O Dia do Fico foi o momento da história do Brasil em que o príncipe regente D. Pedro I contrariou a decisão do pai Dom João VI e decidiu ficar no país. A data marcou o início do processo de independência do Brasil, que terminou no dia 7 de setembro de 1822.
O desenvolvimento histórico que terminou com o Dia do Fico é iniciado com a expansão territorial de Napoleão, a invasão de Portugal e a fuga da família real portuguesa para o Brasil. Essas mudanças contribuíram para que uma elite econômica fosse formada, incentivando D.Pedro I a ficar no país.
O desenvolvimento histórico que terminou com o Dia do Fico é iniciado com a expansão territorial de Napoleão, a invasão de Portugal e a fuga da família real portuguesa para o Brasil.
Conheça agora o contexto histórico e as consequências do Dia do Fico.
Os antecedentes históricos que deram origem ao Dia do Fico se iniciaram durante a expansão de Napoleão Bonaparte. O objetivo do estadista era conquistar novos territórios para serem anexados a França. Assim, em 1806, decretou um Bloqueio Continental na Europa, o que impediu a Inglaterra comercializar seus produtos nos outros países.
Portugal tinha aliança comercial com a Inglaterra e era dependente de seus produtos, assim, ficou no meio de um impasse. Como não poderia deixar de cumprir o acordo com os ingleses, Dom João VI (regente de Portugal naquele momento) continuou realizando negócios com os britânicos.
A decisão, no entanto, desagradou Napoleão e este decidiu invadir Portugal. Ao perceber a iminente invasão, D. João VI criou um plano de fuga e embarcou para o Brasil.
Em 1808, a família real, os servos da nobreza e uma biblioteca com mais de 60 mil livros desembarcaram e se instalaram no Rio de Janeiro. A partir de então, diversas medidas passaram a ser tomadas pela Coroa Portuguesa com o objetivo de transformar o Brasil na nova base do império.
Entre as ações adotadas estavam o decreto de suspensão do alvará que proibia a criação de indústrias, o que contribuiu para instalação de duas fábricas de ferro em 1811.
Outras iniciativas tomadas pela coroa foram:
Todos esses fatores colaboraram com a sensação de independência e liberdade comercial entre a elite econômica brasileira, fundamentais para incentivar D.Pedro I a permanecer no Brasil.
Em 1815, Napoleão foi derrotado na Batalha de Waterloo. Posteriormente, um movimento, denominado de Revolução Liberal do Porto, começou a exigir a criação de nova Constituição em Portugal. Ao perceber que perderia o direito ao trono caso continuasse no Brasil, Dom João VI resolveu retornar ao país natal em 1820. No entanto, deixou seu filho Pedro como regente do Brasil.
Ao perceber que perderia o direito ao trono caso continuasse no Brasil, Dom João VI resolveu retornar ao país natal em 1820. No entanto, deixou seu filho Pedro como regente do Brasil.
Ao deixar o filho no Brasil, Dom João VI tinha a esperança de que as relações entre a coroa e a antiga colônia continuassem amistosas. Entretanto, a abertura comercial estabelecida durante os anos de permanência da família real gerou uma elite econômica com interesses em permanecer realizando o livre comércio.
Dom Pedro I era seguidor do liberalismo e depois que foi nomeado regente passou a implantar decretos para garantir o direito de propriedade. Além disso, diminuiu impostos e os gastos do governo que o fez ganhar respeito entre os comerciantes e elite brasileira.
Em junho de 1821, tropas portuguesas em comando do general Jorge de Avilez Zuzarte de Sousa Tavares começou a fazer diversas exigências. Entre as requisições estavam o pedido para que Pedro realizasse juramento de manter a Constituição de Portugal depois que esta fosse promulgada. Pedro fechou o acordo, apesar de saber que o objetivo era manter o território brasileiro sobre o controle português.
Mesmo com as negociações, a corte portuguesa dissolveu o Governo Central no Rio de Janeiro e ordenou que o regente retornasse para Portugal no intuito de terminar seus estudos preparatórios. Os revoltosos, no entanto, perceberam que a intensão era manter o Brasil sobre o domínio da coroa e assim foi iniciado o processo que terminou no Dia do Fico.
A permanência da família real no Brasil contribuiu para que o território adquirisse alguma liberdade comercial. A elite agrária percebeu que o retorno de Dom Pedro I era uma estratégia para diminuir as conquistas e, assim, tonar o Brasil submisso novamente. A aristocracia passou então a se articular em um movimento para a permanência de Pedro.
Foram colhidas, então, oito mil assinaturas nas províncias de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais – localidades onde se encontravam a elite econômica brasileira. No dia 9 de janeiro de 1822, as assinaturas foram entregues pelo presidente do Senado, José Clemente Pereira, a D. Pedro. Em resposta ao pedido, o regente pronunciou a histórica frase que marcou o Dia do Fico:
“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”.
A declaração de Pedro deu início a um processo que se finalizou com a Independência do Brasil.
Após o Dia do Fico, um intenso processo começou a se desenrolar até a Independência do Brasil. No primeiro momento, Avilez realizou uma segunda tentativa para fazer D. Pedro I retornar à Portugal.
Entretanto, o regente conseguiu expulsar o general com o apoio da população e de tropas. As relações entre Brasil e Portugal tonaram-se tensas e Pedro não conseguiu realizar nenhum acordo posterior com a coroa.
O regente começou, então, a viajar pelas províncias mais economicamente sucedidas do Brasil para realizar uma campanha de apoio, lealdade e reforçar sua autoridade pelos territórios. Durante esse momento, a Imperatriz Leopoldina (esposa de D. Pedro I) recebeu uma carta de Portugal novamente exigindo que seu marido voltasse ao país de origem.
Leopoldina, que tinha assumido temporariamente a regência, convocou o conselho de Estado e juntos decidiram pela separação e independência. Assim, uma carta foi encaminhada a D. Pedro I e este proclamou a Independência do Brasil no dia 7 de setembro de 1822.
, . Dia do Fico; Guia Estudo. Disponível em
< https://www.guiaestudo.com.br/dia-do-fico >. Acesso em 26 de setembro de 2020 às 04:00.
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