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Gil Vicente
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Postado por o_autor2019 em 02/10/2019 e atualizado pela última vez em 14/09/2020
Gil Vicente, além de poeta e dramaturgo, é considerado pelos estudiosos como o pai do teatro português. Ele foi o pioneiro na implantação em Portugal.
Também era conhecido dentro do humanismo literário como a figura de maior relevância para o país, tendo contribuído na produção de diversos autos e peças populares.
Gil Vicente nasceu em Portugal, na cidade de Guimarães, em 1465. Ele estudou na universidade espanhola de Salamanca e casou-se pela primeira vez com Branca Bezerra, juntos tiveram dois filhos. Após a morte de Branca, casou-se novamente com Melícia Rodrigues e teve mais três filhos.
O seu primeiro trabalho foi o “Auto da Visitação“, que também ficou conhecido como o “Monólogo do Vaqueiro“. A produção foi exibido para o Dom Manuel e a rainha Dona Maria, em 1502, durante a celebração do nascimento do filho, o futuro D. João III.
A partir desse episódio, aproveitou das festas e celebrações da realeza para apresentar os seus textos. Em virtude do reconhecimento do público e da Corte Portuguesa, Gil Vicente começou a desenvolver mais peças teatrais e foi nomeado, em 1511, como vassalo do rei. Logo em seguida, em 1513, tornou-se mestre da moeda.
Gil Vicente veio a óbito em 1536 e o local até hoje é desconhecido.
Os autos de Gil Vicente mais conhecidos são o “Auto da Barca do Inferno” e a “Farsa da Inês Pereira”. O primeiro simboliza a primeira parte da “Trilogia das Barcas” e vem seguido de “Barca do Purgatório” e “Barca da Glória”.
Já o segundo está ligado à insistência de uma mãe para que a filha se case com Lianor Vaz. Algumas das principais obras criadas por Vicente são:
As obras receberam inspiração do teatro ibérico, formato popular e religioso que já era praticado, mesmo que sem grandes alcances.
O seu filho, Luis Vicente, ao fazer um apanhado de todas as obras escritas pelo pai, estabeleceu as seguintes classificações: os autos e mistérios foram enquadrados como os de caráter sagrado e devocional, enquanto as farsas, comédias e tragicomédias foram separadas como as que contêm caráter profano.
os autos e mistérios foram enquadrados como os de caráter sagrado e devocional, enquanto as farsas, comédias e tragicomédias foram separadas como as que contêm caráter profano.
Gil Vicente até hoje é considerado um dos mais relevantes produtores de sátiras. Nas 44 peças que construiu, utilizou de marinheiros, ciganos, camponeses, fadas e demônios como referência e sempre deixava prevalecer a linguagem que o personagem já possuía.
Abaixo, segue o trecho de “Auto do Pastoril Português”:
Quem é a desposada? A Virgem Sagrada. Quem é a que parira? A Virgem Maria. Em Belém, cidade muito pequenina, vi ũa desposada e Virgem parida. Em Belém, cidade muito pequenina, vi ũa desposada e Virgem parida. Quem é a desposada? A Virgem Sagrada. Quem é a que parira? A Virgem Maria. Sua pobre casa toda reluzia os anjos cantavam o mundo dizia. Quem é a desposada? A Virgem Sagrada. Quem é a que parira? A Virgem Maria.
Quem é a desposada? A Virgem Sagrada. Quem é a que parira? A Virgem Maria. Em Belém, cidade muito pequenina, vi ũa desposada e Virgem parida.
Em Belém, cidade muito pequenina, vi ũa desposada e Virgem parida. Quem é a desposada? A Virgem Sagrada. Quem é a que parira? A Virgem Maria.
Sua pobre casa toda reluzia os anjos cantavam o mundo dizia. Quem é a desposada? A Virgem Sagrada. Quem é a que parira? A Virgem Maria.
As obras do teatro vicentino foram elaboradas entre os anos de 1434 e 1527, no período chamado de Humanismo. Iniciou-se com o “Monólogo do Vaqueiro”, um dos seus maiores sucessos.
As apresentações tinham teor satírico e, por isso, vale lembrar uma frase que o autor sempre utilizava e já era marca registrada: “rindo se castigam os costumes”.
O “Auto da Barca do Inferno” foi outro trabalho de destaque. Acompanhe um trecho:
“DIABO À barca, à barca, houlá! que temos gentil maré! – Ora venha o carro a ré! COMPANHEIRO Feito, feito! Bem está! Vai tu muitieramá, e atesa aquele palanco e despeja aquele banco, pera a gente que virá. À barca, à barca, hu-u! Asinha, que se quer ir!”
Em suma, as principais características do teatro vicentino eram:
, . Gil Vicente; Guia Estudo. Disponível em
< https://www.guiaestudo.com.br/gil-vicente >. Acesso em 23 de setembro de 2020 às 18:42.