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Metáfora
Língua Portuguesa
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Postado por o_autor2019 em 07/01/2019 e atualizado pela última vez em 23/09/2020
Metáfora é uma figura de linguagem na qual se utiliza uma palavra ou uma expressão em um sentido que não é muito comum. É uma comparação subentendida. É uma relação semelhante entre dois termos. Em linhas gerais, metáfora é a comparação de palavras em que um termo substitui outro.
A metáfora, como dito acima, é uma das figuras de linguagem mais famosas. É uma comparação implícita que se faz entre dois elementos.
Geralmente eles apresentam uma ou mais características em comum, sem que essa característica esteja revelada. A comparação é feita, portanto, de maneira disfarçada. Ela acontece quando se faz referência de novos fatos a fatos já conhecidos.
A metáfora é uma potencial ferramenta da linguagem bastante usada na comunicação humana. Ela aparece nas músicas, poesias, propagandas comerciais e, principalmente, nos diálogos do dia a dia. Em média, em uma conversa, as pessoas usam quatro metáforas por minuto.
Em média, em uma conversa, as pessoas usam quatro metáforas por minuto.
Utilizar a metáfora para expressar um pensamento é muito comum, visto que na maior parte das vezes o ser humano não quer ou não consegue expressar o que realmente sente, e encontra na metáfora uma forma de verbalizar o que precisa.
É importante salientar que a metáfora tem um cunho subjetivo e momentâneo. A partir do momento que essa figura de linguagem se cristaliza, ela deixa de ser metáfora e passa a ser catacrese, isto é, quando a convenção popular utiliza as palavras no cotidiano. Por exemplo: “pé de alface”, “perna da mesa”, “braço da cadeira”, etc.
A metáfora consiste em substituir uma palavra do contexto denotativo, ou seja, o sentido literal e preciso, levando-a para o contexto conotativo, ou seja, para um formato figurado, subjetivo, através de uma comparação velada.
Observe abaixo alguns exemplos:
Assim como nas conversas, é muito comum o uso da metáfora na literatura, na qual o autor faz menção a sentimentos, por exemplo, para expressar momentos e circunstâncias. Veja abaixo o exemplo:
A metáfora é uma figura de linguagem muito presente em propagandas e comerciais divulgados na televisão, rádio, internet, etc. Elas também estão expostas em outdoors, panfletos e cartazes, manifestando características semânticas entre termos ou expressões.
Uma propaganda muito famosa é a da batata ruffles. O slogan da marca é “A batata da onda”. A palavra onda tem diferentes sentidos. Onda pode referir-se, por exemplo, à moda, ao que está em alta no momento atual.
Nesse sentido, a palavra não está sendo usada no sentido denotativo, que é a onda do mar, mas no sentido conotativo. O formato em ondas da batata permitiu que a marca comercializasse esse slogan para associá-la à onda do mar.
Muitas pessoas confundem metáfora e comparação. Metáfora é a relação de um termo existente utilizando características comuns entre dois conceitos ou ideias em um sentido conotativo.
Já a comparação é uma figura de linguagem que relaciona dois termos diferentes em uma mesma oração. O objetivo é enfatizar a mensagem a ser transmitida.
A principal diferença entre elas é a necessidade do uso de uma palavra de conexão (como, parecia, tal, qual, etc) quando se faz uma comparação. Observe abaixo os exemplos:
Observe que ao retirar os termos conectivos “como” por exemplo, deixa de ser uma comparação e passa a ser uma metáfora.
Exemplo:
Nesse caso, sem o auxílio do conectivo “como” a frase já toma o sentido de metáfora.
A música “Rosa dos Ventos”, do compositor e cantor Chico Buarque, representa a vivência do artista no período da ditadura.
“E na gente deu o hábito De caminhar pelas trevas De murmurar entre as pregas De tirar leite das pedras De ver o tempo correr”
A expressão “murmurar entre as pregas” representa a dificuldade de não poder dizer e expressar livremente suas ideias devido à ditadura militar. No trecho “tirar leite de pedra” o compositor utiliza dessa metáfora popular para dizer que aquele era um momento difícil de se viver.
O poema de Vinícius de Moraes é do início ao fim uma metáfora, visto que ele reescreve o desastre ocorrido em Hiroshima de forma figurada. Veja abaixo nos versos:
Rosa de Hiroshima “Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroxima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada.”
O poeta coloca “rosa” com o sentido contrário de beleza, perfume e delicadeza, como é mais conhecida. As suas referências positivas de rosa são desconstruídas nesse poema, dando lugar a ideia de uma rosa estúpida, sem cor, sem perfume.
, . Metáfora; Guia Estudo. Disponível em
< https://www.guiaestudo.com.br/metafora >. Acesso em 23 de setembro de 2020 às 17:18.
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