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Meu Pé de Laranja Lima
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Postado por o_autor2019 em 12/08/2019 e atualizado pela última vez em 28/09/2020
“Meu Pé de Laranja Lima” ou “O Meu Pé de Laranja Lima” é um livro no estilo infanto-juvenil do escritor brasileiro José Mauro de Vasconcelos. Publicado pela primeira vez em 1968, é um grande clássico da literatura brasileira adaptado para o teatro, televisão e cinema.
Dentre as adaptações do romance estão dois filmes, um em 1970 e outro em 2013. Na televisão foi exibido em formato de novela pela TV Tupi, em 1970, e duas versões pela Rede Bandeirantes, em 1980 e 1998.
É um dos livros mais vendidos do Brasil, com cerca de 2 milhões de cópias. Já foi traduzido para mais de 50 idiomas. O romance infanto-juvenil foi o maior sucesso de José Mauro de Vasconcelos e influenciou gerações.
O romance infanto-juvenil foi o maior sucesso de José Mauro de Vasconcelos e influenciou gerações.
protagonista da história
Também é um menino muito inteligente e não aparenta ter cinco anos
Zezé tem Minguinho como um grande amigo, a quem faz confidências.
O livro é dividido em duas partes, a primeira conta a história do menino Zezé e suas travessuras.
Zezé era um menino travesso que vivia aprontando e, consequentemente, quando pego levava surras e mais surras tanto do pai quanto do irmão mais velho, Totó. Ás vezes até da sua irmã, mas ela era mais carinhosa e protetora dele.
Zezé era um menino travesso que vivia aprontando e, consequentemente, quando pego levava surras e mais surras tanto do pai quanto do irmão mais velho, Totó. Ás vezes até da sua irmã, mas ela era mais carinhosa e protetora dele
Zezé era tão traquino que diziam que ele “tinha o diabo no corpo”. Certa vez, apanhou tanto que teve que ficar uma semana sem ir à escola. Contudo, também era um menino esperto, inteligente e que aprendeu a ler sozinho aos 5 anos.
Ele e sua família viviam em uma casa confortável, mas o pai perdeu o emprego e eles foram obrigados a mudar para um lugar mais humilde. Sua mãe, que antes era dona de casa, teve que ir trabalhar na cidade.
A casa nova tinha várias árvores ao seu redor e cada um poderia escolher uma para ser “sua”. Por ter ficado por último, Zezé ficou com um minguado pé de laranja lima.
A princípio, não gostou, mas com o tempo foi pegando apreço pela árvore, a ponto de nomeá-la de Minguinho. Quando estava sozinho, chamava na forma íntima de “Xururuca”.
Um dia, após pegar carona no carro luxuoso do Portuga, que não gostou da situação, Zezé levou uma baita surra e prometeu se vingar.
Um dia, após pegar carona no carro luxuoso do Portuga, que não gostou da situação, Zezé levou uma baita surra e prometeu se vingar
No entanto, o menino foi cativado pela atenção e carinho dados por Manuel Valadares. Nasceu então uma relação afetuosa entre os dois, o que Zezé não encontrava na sua família.
Ninguém sabia dessa amizade. Por uma fatalidade do destino, Manuel Valadares sofre um atropelo e falece. Uma tristeza arrebate fortemente Zezé, que acaba adoecendo.
Uma tristeza arrebate fortemente Zezé, que acaba adoecendo
Para piorar a vida do menino, decidem cortar Minguinho. A árvore estava crescendo demais, algo que não era esperado.
A situação da família mudou quando o pai de Zezé conseguiu um emprego. Apesar das mudanças e da chegada da nova idade, 6 anos, Zezé não esqueceu da tragédia com sua árvore.
O ápice da obra acontece quando Minguinho dá sua primeira flor branca:
— A primeira flor de Minguinho. Logo ele vira uma laranjeira adulta e começa a dar laranjas. Fiquei alisando a flor branquinha entre os dedos. Não choraria mais por qualquer coisa. Muito embora Minguinho estivesse tentando me dizer adeus com aquela flor; ele partia do mundo dos meus sonhos para o mundo da minha realidade e dor. — Agora vamos tomar um mingauzinho e dar umas voltas pela casa como você fez ontem. Já vem já.
Narrado em primeira pessoa, a obra é quase uma autobiográfica de José Moura de Vasconcelos. Isso porque conta com alguns trechos que habitam a memória de infância do autor.
A história tenta alertar os leitores diante dos abusos que muitas crianças passam. O personagem principal era vítima de violência física e psicológica, suas punições eram as piores possíveis.
Como Zezé é próprio narrador, o leitor pode acompanhar as situações e sofrer junto com ele. Ou seja, o leitor é emergido na narrativa a ponto de compartilhar dos mesmos sentimentos.
Ou seja, o leitor é emergido na narrativa a ponto de compartilhar dos mesmos sentimentos.
É possível perceber o quanto a falta de atenção e negligência dos pais para com seus filhos pode se tornar um problema. As crianças, na tentativa de fugir do abandono parental, começam a criar um mundo particular, paralelo.
Em contraponto, o afeto e amizade que Zezé encontra em Portuga mostra as transformações causadas pelo carinho e cuidado perante ao outro.
O livro “Meu Pé de Laranja Lima” foi lançado em um dos momentos mais delicados da história, a Ditadura Militar no Brasil (1960 entre 1970).
O regime mantinha a cultura de repressão, medo e censura. Como o livro tem enfoque na infância e não apresenta nenhum teor político, não sofreu nenhum tipo de censura.
Enquanto a ditadura era instalada, as produções culturais passaram a ter grande relevância, pois a televisão conseguiu atingir as casas das mais diferentes classes sociais. Foi justamente no ano de 1970 que a antiga Rede Tupi levou ao ar o primeiro capítulo da novela baseada no livro.
Enquanto a ditadura era instalada, as produções culturais passaram a ter grande relevância, pois a televisão conseguiu atingir as casas das mais diferentes classes sociais
“Meu Pé de Laranja Lima” está disponível em PDF. Leia online e boa leitura!
, . Meu Pé de Laranja Lima; Guia Estudo. Disponível em
< https://www.guiaestudo.com.br/meu-pe-de-laranja-lima >. Acesso em 28 de setembro de 2020 às 09:51.