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Salvador Dalí
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Postado por o_autor2019 em 16/04/2019 e atualizado pela última vez em 14/09/2020
Salvador Dalí foi um importante artista plástico catalão, reconhecido principalmente por suas significativas obras surrealistas. Influenciado por grandes nomes do meio artístico, Dalí marcou época por transitar entre diversos movimentos e tendências artísticas, produzindo obras de destaque e prestígio.
Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu em 11 de maio de 1904, na cidade espanhola de Figueres. Filho de um advogado popular da cidade, Dalí demostrou interesse pelas artes ainda na infância e sempre recebeu incentivo dos pais.
Iniciou sua educação artística formal na Escola de Desenho Federal. Aos 12 anos descobriu a pintura impressionista através das obras do artista Ramon Pichot Gironès. Já com alguns desenhos prontos, feitos à carvão, seu pai realizou a primeira exposição familiar no Teatro Municipal da cidade, em 1919.
Em 1921, ficou órfão de mãe, vítima de câncer. No mesmo ano, Salvador Dalí mudou-se para Madri e ingressou na Academia de Artes de San Fernando. Durante esse período, teve o primeiro contato com o Dadaísmo, movimento que influenciou todo o seu trabalho.
Dalí chamava atenção para além da arte, circulando pela cidade com roupas incomuns, demonstrando personalidade excêntrica. Nessa época, realizava pinturas que passavam do realismo para o cubismo.
Contudo, em 1926, foi expulso da Academia por afirmar que nenhum professor era suficientemente competente para avaliá-lo. Faz parte dessa época a obra “Cesto de Pão” (1926), uma pintura impecável e realista que comprovava sua competência como artista.
No mesmo ano viajou para Paris, onde conheceu Pablo Picasso, artista que inspirou e influenciou a produção do jovem espanhol. Nos anos seguintes, Salvador Dalí desenvolveu uma série de trabalhos influenciados por Picasso e Miró, enquanto também trabalhava no próprio estilo.
Durante a década de 1920, algumas tendências foram desenvolvidas, se tornaram evidentes e permaneceram ao longo de toda a carreira. As exposições de seus trabalhos chamaram atenção, provocando elogios e debates por parte dos críticos da época.
Então, pouco a pouco, Dalí deu início as obras mais “violentas”, carregadas de símbolos sexuais e escatologias, causando desconforto nos críticos. Essa época também ficou marcada pelo icônico bigode do artista, que seguiu o estilo do pintor espanhol Diego Velázquez, tornando-se sua marca.
Por volta de 1930, Salvador Dalí passou oficialmente a fazer parte do movimento artístico conhecido como surrealismo, apesar de seus antigos trabalhos já terem influências.
“O Surrealismo é destrutivo, mas ele destrói somente o que acha que limita nossa visão.”
O surrealismo foi um movimento artístico que caracterizava-se pela expressão espontânea e automática do pensamento. O período foi marcado por grandes produções de Dalí, que retratava imagens do seu cotidiano de forma inesperada e surpreendente.
As cores vivas, luminosidade e brilho marcaram seu estilo artístico. Além dos artistas influentes da época, Dalí também foi influenciando pelos trabalhos psicológicos de Freud. A obra “A persistência da Memória”, que apresenta um relógio derretendo, faz parte dessa fase do artista plástico.
Considerado um “mestre a arte surrealista”, Salvador Dalí chegou a afirmar que seus quadros eram uma espécie de fotografias de sonhos pintadas à mão. Considerava-se o único a ter coragem de desvendar os sonhos, era o único de fato surrealista.
“A diferença entre os surrealistas e eu é que, na verdade, eu sou surrealista.”
Assim, foi um dos grandes ícone do surrealismo. Dalí explorou todas as correntes das vanguardas europeias, o impressionismo, pontilhismo, futurismo, cubismo e neocubismo, e fauvismo. O artista escondeu suas influencias, como Picasso e Matisse, pois afirmava que elas a conduziam a imagens que ele tanto perseguia.
No fim da década de 1930, falava-se em Salvador Dalí mais do que em qualquer outro artista. No entanto, seu envolvimento político acabou por influenciar a carreira.
Dalí foi expulso do grupo surrealista pelo líder e fundador do movimento André Breton, por motivos de interesses políticos distintos.
Grande parte dos artistas surrealistas eram marxistas e Dalí, por sua vez, declarava-se um anarquista e monarquista. Assim, justificaram sua expulsão, alegando que o artista era muito comercial.
Com a eclosão da Guerra Civil Espanhola, Dalí fugiu e se recusou a fazer parte de qualquer grupo. Ao retornar a Espanha após a Segunda Guerra Mundial, tornou-se mais próximo do regime de Francisco Franco, aumentando seu prestígio.
Em 1960, começou a trabalhar no maior projeto de toda sua carreira, a reconstrução do Teatro-Museum Salvador Dalí, na sua terra natal, em Figueres. O local que havia sido palco das primeiras exibições públicas foi bombardeado durante a guerra civil.
O museu foi reaberto em 1974 e atualmente conta com a maior e mais diversificada coleção de obras do artista plástico, incluindo esculturas, colagens, mobiliário e outras curiosidades produzidas por ele.
Em 1934, Salvador Dalí casou-se com uma imigrante russa dez anos mais velha que ele, conhecida como Gala Éluard. Durante todo esse período as atividades eram intensas: escreveu poemas, colaborou com revistas, participou de filmes e causou ainda mais burburinhos.
Segundo Dalí, sua esposa o curou de seus sintomas histéricos “na maior prova de amor que pode existir”. Ficaram juntos até 1982, quando Gala faleceu. A morte da esposa causou grande tristeza, depressão e desorientação no pintor.
Dalí perdeu a vontade de viver, passou a ser alimentado através de uma sonda nasal e desenvolveu algumas doenças, entre elas mal de Parkinson. Em maio de 1983, pintou seu último quadro “A Cauda de Andorinha”.
Salvador Dalí morreu em 23 de janeiro de 1989, aos 84 anos, de pneumonia e parada cardíaca.
Salvador Dalí era um artista múltiplo, desenhava, pintava, esculpia, escrevia e até atuava, deixando uma longa lista de obras produzidas em vida. Entre elas, ganhou maior destaque na pintura.
Dalí pintou centenas de obras, a maior parte delas utilizando a técnica óleo sobre tela. Entre a relação de quadros que integram seu acervo, a pintura “A Persistência da Memória” (1931) é uma das telas mais famosas.
A arte surrealista é uma das mais reconhecidas e referenciadas na cultura popular, e faz parte da coleção do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque desde 1934. Outras obras de destaque do pintor são:
O palhaço não sou eu, mas sim esta sociedade monstruosamente cínica e tão ingenuamente inconsciente que joga ao jogo da seriedade para melhor esconder a loucura.
Você tem que criar a confusão sistematicamente, isso liberta a criatividade. Tudo o que é contraditório cria vida.
Desenhar é a integridade da arte. Não há possibilidade de trapacear. Ou é bom ou é ruim.
A única coisa que o mundo não terá suficiente é o exagero.
, . Salvador Dalí; Guia Estudo. Disponível em
< https://www.guiaestudo.com.br/salvador-dali >. Acesso em 23 de setembro de 2020 às 17:10.